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Primeira carteira de identificação para autistas é emitida em Minas

autistaO ano novo ainda não começou, mas Roberta Amancio de Souza tem motivos de sobra para comemorar. Ela foi a primeira pessoa a receber a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) em Minas Gerais. O documento é um importante instrumento na defesa e garantia de direitos em espaços públicos e privados.

Moradora de Sete Lagoas, Roberta ficou sabendo do início da emissão da Ciptea em Minas através de grupos em redes sociais e conta que aguardava ansiosa pela data: “Eu esperava por essa iniciativa há um tempo, então fiquei super empolgada para chegar logo.”

A expectativa de Roberta reflete a angústia de outras pessoas com autismo que, antes da Ciptea, ficavam reféns da desinformação e do preconceito. “Ficar fora de casa, especialmente em ambientes muito cheios, nem sempre é fácil para mim. Mesmo sabendo que, como autista, tenho direito à fila preferencial, sempre evitei usufruir disso, por receio de ser mal interpretada e passar constrangimento.”

As pessoas com autismo são expostas a diversas situações que não respeitam as suas especificidades ou que comprometem a sua segurança e integridade. A Ciptea chega para suprir essa lacuna e tirar os autistas e seus direitos da invisibilidade imposta por uma deficiência não visível. É o que destaca Luiza Helena Galdino Repoles, da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). “Tem-se um cenário social pouco inclusivo para essas pessoas, permeado pela discriminação, insegurança e que não respeita os direitos e as liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, sua inclusão social e cidadã, em condições de igualdade com as demais pessoas. A Carteira de Identificação é um instrumento material que facilitará e viabilizará o acesso ao atendimento prioritário.”, ressalta.

A emissão da Ciptea em Minas começou em 27 de dezembro e já conta com 88 solicitações, sendo que 47 já foram analisadas (41 ainda aguardam análise). Uma delas é a de Roberta Amancio que recebeu com alegria a notícia de que teria a primeira carteira emitida em todo o Estado. “Recebi um e-mail do órgão responsável informando que minha solicitação havia sido aprovada. Quando vi que a minha era a de número 1, fiquei muito orgulhosa.”, conta.

A Ciptea vai garantir atenção integral e prioritária no atendimento e acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, assistência social e educação. Nesse sentido, a Ciptea terá um papel importante no dia a dia da Roberta. “Me mudei para Sete Lagoas, pois consegui uma bolsa integral na faculdade de medicina. Sem as viagens gratuitas [benefício garantido às pessoas com TEA] para visitar minha família, provavelmente, me manter na faculdade seria infinitamente mais difícil.” Para Roberta, manter esse vínculo com a família é fundamental devido às grandes dificuldades de socialização vivenciada pelos autistas, o que pode resultar em isolamento, prejudicando a saúde mental.

Como emitir a Ciptea

Todo processo, desde a solicitação até a emissão da carteira, é gratuito. Para emitir a Carteira de Identificação, pessoas com autismo ou seus responsáveis podem fazer a solicitação de duas formas: presencial ou virtualmente.

A emissão do documento físico deverá ocorrer em uma das 32 Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) do Estado. Para isso, é preciso realizar agendamento pelos canais oficiais do Governo de Minas: site www.mg.gov.br ou aplicativo MG App.

Para emitir a Ciptea virtualmente é preciso acessar o site de serviços ao cidadão de Minas Gerais: https://cidadao.mg.gov.br. Nesse caso, é preciso entrar com uma conta Gov.br. O Governo de Minas adotou, de forma inédita no Brasil, a assinatura eletrônica avançada, juridicamente garantida pela Lei Federal 14.063/2020, e instituída pela Deliberação Subgoves nº. 1/2021 que regulamenta a sua utilização. As assinaturas digitais avançadas possuem benefícios em sua utilização, como a segurança, e a comprovação da autoria e da integridade da assinatura.

Após a validação da autenticidade, é preciso realizar um cadastro, preencher as informações e anexar os documentos exigidos. O usuário receberá as atualizações do processo por e-mail. Caso a Ciptea seja aprovada, a carteira digital é emitida. O cidadão pode ter acesso ao documento de forma rápida e segura através de um dispositivo móvel, além de poder baixar a Carteira de Identificação.

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Documentos necessários para o requerimento:

I – relatório de médico com registro no Conselho Regional de Medicina apontando diagnóstico no âmbito do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e indicando o código da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID);

II – cópia da Carteira de Identidade do identificado com TEA;

III – fotografia 3x4 recente do identificado, demonstrando área do rosto;

IV – cópia da Carteira de Identidade do responsável legal ou do cuidador, quando houver;

V – comprovante de endereço do identificado.

Informações gerais sobre a carteira

- Serviço público e gratuito, destinado aos mineiros, disponibilizado de forma digital ou presencial (através dos postos de atendimentos das UAIs);

- É um importante instrumento oficial de comprovação material para pessoa com deficiência apresentar para usufruir dos seus direitos de acesso aos serviços e prioridade de atendimento;

- Apresenta informações de identificação da pessoa com TEA e informações de um contato próximo ou dos responsáveis, trazendo mais segurança e autonomia para os beneficiários do serviço, caso seja necessária ajuda ou apoio em momento de crise, por exemplo;

- É considerada pelos movimentos sociais pela luta dos direitos das pessoas autistas como um grande instrumento de inclusão social.

Plano Estadual para Refugiados tem primeira etapa de trabalho concluída

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedese) finalizou na segunda quinzena de dezembro a primeira etapa de elaboração do I Plano Estadual de Políticas para Refugiados, Migrantes, Apátridas e Retornados de Minas Gerais. O Plano Estadual tem como objetivo estabelecer diretrizes e ações prioritárias para a pauta de migração no estado.

As atividades de desenvolvimento do Plano tiveram início em abril, sob a coordenação do Grupo de Trabalho de Planejamento do Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo de Minas Gerais (Comitrate/MG), órgão colegiado vinculado à Sedese.

Por meio de chamada pública, foram realizadas, em novembro, 21 conferências livres, que contaram com 516 participantes, dos quais 278 eram refugiados, migrantes ou apátridas, a maioria proveniente de países das Américas do Sul e Central (Venezuela, Haiti e Peru), bem como representantes da Síria, Líbano e Indonésia. Além destes, também participaram brasileiros retornados, ou seja, brasileiros que já viveram fora do Brasil e que retornaram (voluntariamente ou não).

Ao todo, 29 nacionalidades estiveram representadas nas conferências, sendo que a maior parte dos encontros foi realizada de forma virtual, conforme as recomendações sanitárias de prevenção à Covid-19.

Como resultado dessa primeira rodada de conferências livres, a Comissão Organizadora do Plano Estadual (Cope) recebeu 426 propostas, divididas entre nove eixos temáticos. A próxima etapa contempla a análise das propostas, seguida pela elaboração do texto preliminar do Plano Estadual com suporte de consultoria especializada contratada pela Agência da ONU para Refugiados, com apoio da Organização Internacional para as Migrações e revisão final pelos demais membros da Cope. Estes trabalhos devem ser concluídos até 21 de janeiro de 2022. Está prevista uma segunda consulta popular, para aprovação do Plano, que deve ser implementado no primeiro semestre do próximo ano.

Eixos e Comissão Organizadora

O tema da migração e do refúgio, em Minas Gerais, está sob a responsabilidade da Subsecretaria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese/Subdh), por meio de sua Diretoria de Políticas de Proteção e Reparação dos Direitos Humanos (DPRDH).

As iniciativas da pauta são conduzidas pelo Comitrate, colegiado criado pelo Decreto Estadual nº 46.849/2015 e que conta com três Câmaras Técnicas (Migração, Trabalho Escravo, Tráfico de Pessoas) e com grupos de trabalho específicos, conforme demanda.

As 426 propostas recebidas pela Comissão Organizadora serão agrupadas de acordo com o eixo a que se referem, cabendo à Cope aprová-las ou adequá-las, a fim de preparar a redação preliminar do Plano Estadual.

Conheça os eixos:

Eixo I – Assistência Social e combate às vulnerabilidades socioeconômicas;

Eixo II – Segurança alimentar e nutricional;

Eixo III – Acesso à moradia digna;

Eixo IV - Acesso à educação;

Eixo V – Acesso à cultura, esporte e lazer, na perspectiva da interculturalidade;

Eixo VI – Acesso à saúde pública integral;

Eixo VII - Inserção socioeconômica, trabalho, empreendedorismo e geração de renda;

Eixo VIII - Proteção aos direitos humanos e combate ao preconceito e à discriminação;

Eixo IX – Governança migratória, gestão participativa e protagonismo social da população de refugiados, migrantes, apátridas e retornados.

É no âmbito do Comitrate que se promove a discussão interinstitucional entre órgãos públicos, sociedade civil e organizações internacionais relacionadas à temática. Desta forma, integram a Comissão da Organizadora do Plano Estadual (Cope) as seguintes entidades:

- Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur)

- Coletivo de Mulheres Cio da terra

- Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor (IIOSR)

- Organização Internacional para Migrações (OIM)

- PUC Minas\- Refúgio 343

- Secretaria de Estado da Educação (See)

- Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR)

- As Subsecretarias ligadas à Sedese: Assistência Social (Subas), Direitos Humanos (Subdh), trabalho e Emprego (Subte)

Todas as informações referentes ao Plano e à etapa de consulta pública e realização das conferências inscritas estão no site da Sedese: http://social.mg.gov.br/direitos-humanos/conselhos-e-comites/comites/comitrate/i-plano-estadual-para-migrantes-refugiados-apatridas-e-retornados-de-minas-gerais

Sedese recebe Medalha do Mérito da Defesa Civil 2021

O Gabinete Militar do Governador realizou, na segunda-feira (20/12), uma solenidade em homenagem aos colaboradores da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). A cerimônia aconteceu no Auditório JK, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, e agraciou militares e civis que atuam em diversas frentes nas ações de defesa civil no estado.

Na oportunidade, a Medalha do Mérito de Defesa Civil, edição 2021, foi conferida a Cristiano de Andrade, superintendente de Proteção Social Especial, da Subsecretaria de Assistência Social (Subas), ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

“Este é um reconhecimento do papel que a Sedese vem desempenhando em conjunto com a Defesa Civil Estadual, sobretudo nos últimos anos, que exigiram do Poder Público Estadual uma atuação conjunta e coordenada frente às situações de calamidade pública”, avalia Cristiano.

A Sedese é parceira da Defesa Civil Estadual e atua de forma integrada para oferecer proteção às famílias atingidas por situações de emergência e calamidade, bem como fornece o apoio necessário aos gestores municipais de assistência social.

A Medalha de Mérito da Defesa Civil foi instituída pelo decreto nº 23.658, em 4 de julho de 1984, e é entregue anualmente como forma de reconhecimento e incentivo à prática de ações de solidariedade humana no estado.

Na solenidade, a Medalha foi outorgada pelo Chefe do Gabinete Militar do Governador e Coordenador Estadual de Defesa Civil, Coronel da Polícia Militar, Osvaldo de Souza Marques. A solenidade comemorou o 58º aniversário do Gabinete Militar do Governador, 44º aniversário da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e outorga da Medalha de Mérito Militar e Medalha de Mérito da Defesa Civil.

Minas registra 11° saldo positivo na geração de emprego

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (23/12), Minas Gerais registrou o décimo primeiro resultado positivo na geração de emprego celetista. Em novembro, foi registrado o saldo de 24.035 postos de trabalho, decorrente de 183.883 admissões e 159.848 desligamentos. No acumulado do ano, o total foi de 327.870 empregos gerados.

Em novembro deste ano, quase todos os grandes setores de atividade econômica registraram saldo positivo. Os segmentos que mais contribuíram para a geração de novas vagas de emprego foram o de Serviços (13.677 postos) seguido de Comércio (5.470) e Indústria (646).

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura também registraram saldo positivo de 710 postos. Já o setor de Construção teve o saldo negativo com o fechamento de 3.257 postos.

O saldo de novembro é superior ao registrado no mês de outubro, quando foram abertos 20.411 postos de trabalho. Entretanto, esse saldo é menor que o registrado em novembro de 2020 (28.544 postos).

No ranking nacional de saldos de emprego, Minas Gerais ficou na 3ª posição registrada, atrás apenas de São Paulo (76.952 postos) e Rio de Janeiro (35.654).

Para a assessora Técnica da Subsecretaria de Trabalho e Emprego da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Karen Oliveira, essa alavancada econômica pode ter relação com a maior dinâmica registrada pelas festas de fim de ano com destaque para o Natal e a Black Friday. “Além disso, com o avanço da vacinação em Minas Gerais, a recuperação econômica tem avançado de forma mais acelerada, o que traz perspectivas otimistas para o mercado de trabalho de 2022”, afirma.

Percursos Gerais: Trajetória para a Autonomia; mais três regionais são envolvidas

Em reunião virtual realizada na manhã desta terça-feira (21/12), a secretária de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Elizabeth Jucá, e o superintendente de Segurança Integral Alimentar e Nutricional do órgão, Henrique Carvalho, apresentaram o projeto Percursos Gerais: Trajetória para a Autonomia aos prefeitos e gestores municipais de Cipotânea, Congonhas do Norte e Morro do Pilar, integrantes das Regionais Sedese de Curvelo, São João Del Rei e Metropolitana.

Com as participações de hoje, o programa alcança todos os 73 municípios de mais baixo IDH-M do estado. As Regionais de Teófilo Otoni, Salinas, Diamantina, Montes Claros, Araçuaí, Almenara, Muriaé, Governador Valadares e Timóteo, dos quais os outros 70 municípios fazem parte, já assinaram o termo de cooperação que formaliza a parceria entre o Estado e o município para implementação do programa.

Iniciativa do Governo de Minas para combater a vulnerabilidade de famílias nas cidades de menor IDH-M do estado, o Percursos Gerais estimula e capacita as pessoas em direção à autonomia.

Neste primeiro contato, os prefeitos e servidores que atuam com assistência social nos municípios conhecem as linhas gerais do programa e sinalizam o interesse na adesão. Em uma segunda etapa, a secretária Elizabeth Jucá e equipe técnica da Sedese vão até os municípios para detalhamento do projeto e assinatura do termo de cooperação. Os trabalhos começam, efetivamente, com o diagnóstico das vulnerabilidades do munícipio para elaboração de um plano de desenvolvimento local.

Importância das regionais e dos agentes locais

A secretária de Estado Elizabeth Jucá reafirmou a importância do envolvimento dos agentes locais para o êxito do Percursos Gerais. “É uma construção coletiva. A parceria com a gestão municipal é fundamental para o desenvolvimento conjunto de um plano de desenvolvimento social para a cidade fazer a transição de vulnerabilidade para a autonomia das famílias”.

O superintendente de Segurança Integral Alimentar e Nutricional da Sedese, Henrique Carvalho, ressaltou o papel das regionais na articulação entre os governos estadual e municipais para se alcançar o objetivo de oferecer maior desenvolvimento às cidades e autonomia às famílias.

Os diretores das regionais Sedese envolvidas, Everaldo Pereira dos Santos (Curvelo), Manoel Rodrigues Afonso (Metropolitana) e Egberto Rezende de Melo (São João Del Rei), e os integrantes da Diretoria de Projetos Especiais da Sedese (DPE/Sedese), Jonathan Souza e Flaviana Lopes, também participaram da reunião e se colocaram à disposição dos municípios para esclarecer dúvidas sobre o programa.

 

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