Primeiro ciclo de oficinas do PAIF e PAEFI reúne profissionais para ressignificar práticas na Política Nacional de Assistência Social

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), por meio da Subsecretaria de Assistência Social (Subas), realizou o primeiro ciclo de capacitação sobre o Trabalho Social com Famílias, no contexto do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). A iniciativa busca fortalecer a atuação dos profissionais do Sistema Único de Assistência Social (Suas) por meio da reflexão e aprimoramento de práticas da assistência social.

Realizada em outubro, a oficina inaugural contou com a presença de servidores da Subas, da Subsecretaria de Direitos Humanos, das Diretorias Regionais e dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) Regionais. Durante o evento, foram abordados temas estratégicos e metodológicos que orientam a política de assistência a famílias, promovendo um ambiente de troca de conhecimentos e reavaliação de práticas de atuação.

Ao longo de toda a oficina, os participantes foram provocados a ampliar e ressignificar o entendimento sobre a atuação dentro da Política de Assistência Social. Foram momentos de aprendizagem, troca de experiências e entendimento sobre os pilares da atuação na assistência social. 

Os temas do evento foram abordados por duas especialistas de destaque: Abigail Silvestre Torres, doutora em “Segurança de convívio e de convivência: direito de proteção na Assistência” pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP); e Stela da Silva Ferreira, doutora em “Educação Permanente no SUAS: gestão democrática para uma ética pública”, também pela PUC/SP. As apresentações das especialistas contribuíram para expandir a compreensão dos participantes sobre a prática no contexto da assistência social e fortalecer a rede de apoio e proteção social que o Governo de Minas e a Sedese vêm promovendo no estado.

Essa ação faz parte dos esforços do Governo de Minas para aprimorar o trabalho com as famílias atendidas pelos serviços de assistência, reforçando o compromisso com uma política social mais humanizada e eficaz para toda a população.

JimiP fortalece o esporte no estado reunindo atletas de alto nível com foco em integração e visibilidade

A cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, será palco da edição 2024 dos Jogos do Interior de Minas Paradesporto (JimiP), organizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG). O evento, com um investimento de R$ 1 milhão, reforça a missão do Governo de Minas de promover a inclusão social e a valorização dos esportes adaptados.

Entre 1/11 e 3/11, os jogos reúnem 598 atletas de 32 municípios, competindo em quatro modalidades: Atletismo, Bocha Paralímpica, Basquete em Cadeira de Rodas 3x3 e Natação.

“Desde a sua criação, o Jimi Paradesporto se destaca por ser uma competição transformadora, provando que o esporte é essencial para a reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência. Temos vários atletas e medalhistas paralímpicos representando nosso estado que começaram suas carreiras aqui e isso é motivo de muito orgulho”, diz a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela.

O JimiP também é um evento que celebra a diversidade e promove a integração. Além das provas esportivas, há troféus e medalhas com inscrições em braile, garantindo acessibilidade. As competições, conduzidas por árbitros profissionais, são estruturadas para incluir atletas com diferentes deficiências físicas, visuais, auditivas e intelectuais.

O evento também oferece hospedagem e alimentação gratuitas às delegações, proporcionando um ambiente de competição de alto nível, com a presença de atletas que competiram nas Paralimpíadas, como José Carlos Chagas de Oliveira, convocado para Paris 2024, e Ercileide Laurinda e Poliana Sousa, que representou o Brasil em Tóquio 2021.

Impacto do paradesporto

O JimiP desempenha um papel essencial na mudança de percepção da sociedade em relação às pessoas com deficiência, mostrando seu talento e determinação. Um dos atletas participantes, Cleber Teixeira Júnior, conta que passava por uma depressão antes de se encontrar no atletismo.

“O esporte mudou minha vida e, hoje, o JimiP tem um lugar reservado na minha agenda. Todos os anos faço questão de vir e competir. Depois dos Jogos Escolares, esta foi a competição que me formou como atleta”, conta.

Desde 2022, a competição vem se consolidando como um dos maiores eventos de paradesporto do país. A Sedese-MG, por meio da Subsecretaria de Esportes, tem trabalhado ativamente para promover a prática esportiva para pessoas com deficiência e o apoio aos Jogos do Interior de Minas Paradesporto é uma das principais ações da Secretaria para reduzir custos logísticos e garantir a participação de atletas de diferentes regiões do estado.

A Secretaria também investe na qualidade técnica do evento, garantindo a contratação de uma equipe de coordenação especializada. Essa abordagem contínua, que inclui planejamento, execução e avaliação detalhada, assegura que o JimiP seja cada vez mais estruturado e impactante.

Lina Vitarelli, fundadora e coordenadora da Associação Mineira do Paradesporto, está envolvida na organização e promoção do JimiP desde a sua criação. Para ela, as expectativas para esta edição estão bem altas pela grandeza do evento. Lina explica que, para ela, "é uma alegria imensa poder participar do desenvolvimento do paradesporto no estado. Um evento dessa dimensão é mais uma demonstração de todo o potencial das pessoas com deficiência”, detalha Vitarelli.

Evento reforça compromisso com políticas públicas integradas para crianças de 0 a 6 anos

Os membros titulares e suplentes do novo Comitê Estadual Intersetorial de Políticas Públicas para a Primeira Infância já tomaram posse em cerimônia na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. O encontro, promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), marcou um passo importante na articulação entre governo e sociedade civil para fortalecer e avançar nas ações voltadas ao desenvolvimento e proteção das crianças nessa faixa etária.

A solenidade reuniu secretários das áreas de Desenvolvimento Social, Saúde, Educação e Cultura, além de representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Assembleia Legislativa. Como parte da celebração, crianças da Escola Municipal de Educação Infantil Goiânia, da capital mineira, preparam uma apresentação musical.

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela, destacou que ações e programas já estão em curso, mas este é um momento de articular e promover mudanças.

Em seu pronunciamento, a secretária ressaltou que o comitê se preocupa com a dignidade desta faixa etária, com a formação e acesso à cidadania e com a inclusão dessas pessoas. “Crianças são pessoas e devem ser valorizadas desde sua chegada a este mundo”, explica Alê Portela.

Com uma missão estratégica, o comitê será responsável por coordenar políticas públicas intersetoriais, elaborar o Plano Estadual para a Primeira Infância e incentivar a criação de planos municipais. A atuação integrada é essencial para assegurar que todas as crianças mineiras cresçam com acesso a oportunidades e proteção social efetiva.

Passaporte de cidadania

A elaboração do Plano Estadual tem múltiplos focos, e deve abarcar cultura, esporte, lazer e educação. Para todos os recortes, serão sugeridas e criadas políticas públicas efetivas.

O trabalho multidisciplinar visa criar e desenvolver a participação social do público, já nos primeiros anos de sua vida. Uma das ações da Sedese alinhada com esse objetivo é a expansão das Unidades Interligadas de Registro Civil (UIs), que objetivam a erradicação do sub-registro de nascimentos.

De acordo com Alê Portela, graças às UIs “a mãe concebe seu filho e já sai da maternidade com a documentação sem precisar ir a um cartório. Sai com um verdadeiro passaporte da cidadania no momento do nascimento”.

Outras ações da Sedese incluem programas como o Kit Gestante, que consiste na entrega de itens essenciais para o cuidado aos recém-nascidos, e Leite para a Primeira Infância, que visa fortalecer o desenvolvimento da criança. Ambos serão implementados para fortalecer ainda mais as políticas públicas voltadas a este público.

Primeira Infância em Minas

A primeira infância é o período que abrange os primeiros 6 anos completos da vida da criança. O Censo do IBGE de 2022 indica que, em Minas Gerais, há 1,6 milhão de crianças nessa faixa etária.

No estado, as principais políticas voltadas para o grupo estão relacionadas ao pré-natal, parto, nascimento, vigilância do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno, vacinação e redução da mortalidade infantil.

O trabalho do Comitê se torna fundamental para consolidar um sistema que promova inclusão, saúde e educação de qualidade, articulando esforços entre diferentes áreas e instituições para assegurar um futuro mais justo e seguro para a infância.

Membros do Comitê

Os membros titulares e suplentes que tomaram posse são:

Pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social - SEDESE

Titular: Alessandra Diniz Portela Silveira

Suplente: Ricardo Alves Assis Dutra

Titular: Eliane Quaresma Caldeira Araújo

Suplente: Carlos Alberto Dos Santos Junior

Secretaria de Estado de Educação – SEE

Titular: Danielle Cristina Chaves

Suplente: Fernanda Silva Souza

Secretaria De Estado De Saúde – SES

Titular: Fábio Baccheretti Vitor

Suplente: Lírica Salluz Mattos Pereira

Secretaria de Estado de Cultura E Turismo – SECULT

Titular: Josiane Miriam De Souza

Suplente: Nathalia Larsen

Parceria com a ONU promove inclusão e empregabilidade em turma com alunos de sete nacionalidades

A mensagem inscrita na fachada da sede do Governo de Minas, “Minas recebe de braços abertos quem trabalha e gera empregos”, reflete a iniciativa inovadora do Estado que, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), está garantindo a capacitação e certificação de imigrantes. 

Em outubro, o programa Minas Forma abriu uma turma exclusiva para esse público, ampliando o acesso à capacitação profissional e facilitando a inserção no mercado de trabalho mineiro. 

O curso de Técnicas para Garçom é ministrado no Senac de Belo Horizonte e tem carga horária de 60 horas. As aulas são resultado de uma mobilização conjunta entre a Sedese-MG, Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac) e Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), consolidando um modelo de integração social e econômica. 

“Minas Gerais é plural em todas as suas dimensões. Abraçar e capacitar os imigrantes que moram no estado é uma medida que não apenas promove a inclusão e o acolhimento, mas fortalece a nossa economia e o mercado de trabalho”, explica a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela. 

A turma é composta por alunos da Argentina, Colômbia, Haiti, Marrocos, Peru e Venezuela, refletindo a diversidade cultural presente no estado. Das 20 vagas disponibilizadas por turma, 19 foram preenchidas. Uma das alunas é a haitiana Lydie Jean Pierre, que está no Brasil há sete anos e aproveitou ao máximo as aulas práticas. 

“Acho que todo conhecimento a mais é melhor. Mesmo já tendo trabalhado na área, com o curso e o certificado vou ter mais experiência para conseguir novas oportunidades”, diz Lydie. 

O curso não oferece apenas habilidades técnicas para atuação na área de serviços, mas também contribui para a inclusão social e a valorização das trajetórias de cada participante. O venezuelano Aníbal Zagastizabal explica que “o certificado é muito importante para o currículo e todos os detalhes ajudam na hora de conseguir uma vaga com carteira assinada”. 

Minas Forma: inclusão e capacitação 

O Minas Forma é um programa de capacitação profissional gratuito, pensado pelo Governo de Minas e executado pela Sedese-MG em parceria com o Senac. Com mais de 8 mil vagas disponíveis ao longo de 2024, o programa busca atender pessoas em situação de vulnerabilidade social, como jovens entre 18 e 29 anos, mulheres acima de 40 anos e inscritos no CadÚnico. 

O subsecretário de Inclusão Produtiva, Trabalho, Emprego e Renda da Sedese-MG, Arthur Campos, afirma que a iniciativa com os imigrantes reflete todo o programa. “A turma é como qualquer outra. O curso é gratuito, garante certificado e é uma demonstração do compromisso com aqueles que querem trabalhar e movimentar a economia de Minas Gerais”, explica. 

A primeira fase do programa está focada nos setores de Turismo e Cultura, com 356 turmas distribuídas em 101 municípios. Os cursos, que têm duração entre 35 e 100 horas, garantem bolsa-auxílio entre R$ 210 e R$ 600, pagos semanalmente, de acordo com a carga horária e a frequência do aluno. Além disso, estão preparados para atender pessoas com deficiência, promovendo acessibilidade. 

Entre as opções de cursos oferecidos, estão Técnicas Básicas para Garçom, Camareira, Ferramentas de Marketing Digital e Condutor de Visitantes, com turmas em cidades como Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia e Montes Claros. 

A inclusão de imigrantes no Minas Forma reforça o compromisso do governo com a inclusão social e empregabilidade, abrindo caminhos para a autonomia e segurança desses públicos vulneráveis.