Seminário discute a criação de um observatório de trabalho e emprego para Minas Gerais
A secretária de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Elizabeth Jucá, participou na nesta terça-feira (28/5) da solenidade de abertura do seminário “Trabalho, emprego e saúde do trabalhador em Minas Gerais: subsídios à construção do observatório estadual do trabalho”, em Belo Horizonte.
O evento promovido pela Fundacentro em parceria com a Sedese, conta com a coordenação do subsecretário de Trabalho e Emprego da Sedese, Raphael Vasconcelos, além da participação de diversas instituições como: FIEMG, DIEESE, Fundação Dom Cabral, Fundação Getúlio Vargas, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/MG e o Ministério da Economia. O Seminário tem como objetivo principal viabilizar a implantação de um observatório estadual de trabalho.
Análise de conjuntura econômica, situação do emprego em Minas Gerais, monitoramento das políticas públicas, perspectivas para o mercado de trabalho, efeitos da reforma trabalhista e atuação sindical, estão entre os principais temas discutidos.
A ideia é que o observatório mineiro, a exemplo da versão nacional (Observatório Nacional do Mercado de Trabalho – ONMT), alimentado com dados do Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, IBGE e Ministério da Economia, seja uma ferramenta de acompanhamento do mercado de trabalho e das políticas de trabalho, emprego e renda, gerando subsídios técnicos ao planejamento das ações do Estado.
Na abertura do evento, a secretária Elizabeth Jucá destacou a inclusão de outras atividades para a retomada de crescimento econômico e enfrentar a crise financeira de Minas Gerais, com mais geração de emprego e renda. “Precisamos diversificar a economia mineira, fomentando por meio das políticas públicas e parcerias novas oportunidades de trabalho”, ressaltou.
Contribuição de peso
O representante nacional do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), José Ribeiro Soares Guimarães, apresentou uma análise de dados para a promoção de trabalho decente. Guimarães também disponibilizou as informações socioeconômicas e estatísticas para subsidiar a proposta do observatório mineiro. “É uma satisfação colocar à disposição do Estado todas as informações do Dieese na implantação desta importante ferramenta”, disse.
Já o presidente da Fundação João Pinheiro, Helder Marra Lopes, destacou o conhecimento do órgão na elaboração de estatísticas, estudos socioeconômicos, mercadológicos e regionais, no sentido de incorporá-los ao observatório. “Temos uma expertise com dados que subsidiam as políticas de trabalho e emprego que é a nossa prioridade”, afirmou. “Se a gente quer falar de emprego e renda é importante compreender as características regionais”, complementa.
O professor do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG e do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Bernardo Campolina, acredita que o observatório pode auxiliar na discussão sobre a política educacional focada no mercado de trabalho. “É importante discutir o mercado de trabalho levando em conta as trajetórias educacionais, com o foco na qualificação profissional” sugeriu. E ainda acrescentou: “É preciso discutir o desenvolvimento de Minas Gerais pensando especialmente nos desafios envolvem a mineração”.
Para o subsecretário de Trabalho e emprego, Raphael Vasconcelos “o objetivo é criar um planejamento de políticas públicas, com as contribuições e expertises das instituições e universidades”.
Presenças
Participaram da primeira mesa de debate com o tema "O Mercado de Trabalho em Minas Gerais: situação e perspectivas", os professores, Antônio Moreira de Carvalho Neto, da PUC Minas; Raimundo de Souza Leal Filho, da Fundação João Pinheiro; Bernardo Palhares Campolina, da Cedeplar/UFMG e o diretor de monitoramento e articulação de oportunidades de trabalho da Sedese, Emanuel Marra. As discussões foram coordenadas pelo Subsecretário de Trabalho e Emprego, Raphael Vasconcelos.
Observatório e perspectivas futuras
Nesta quarta-feira (29/5), a coordenação da primeira etapa dos trabalhos ficará a cargo do Superintendente de Integração da Sedese, Henrique Carvalho. Representantes da Sedese, Secretaria de Estado de Saúde (SES), UFMG e da Fundação João Pinheiro, participarão do debate sobre as “Experiências em Minas Gerais e novas perspectivas: estruturas, fontes de dados, produtos e serviços”.
Na sequência, o coordenador da Fundacentro, Celso Amorim Salim conduzirá o debate sobre a construção de uma proposta de Observatório de Trabalho para Minas Gerais. O tema abordará ainda os elementos e subsídios ao projeto, incluindo a composição de um grupo de trabalho. O debate contará com a participação do Subsecretário de Trabalho e Emprego, Raphael Vasconcelos, além de representantes da OIT, Dieese e Fundação João Pinheiro.