A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Trabalho e Emprego (Subte) disponibilizou, de forma virtual, uma cartilha que reúne diversas oportunidades de cursos de capacitação profissional, todos gratuitos e no formato de ensino a distância.

O documento reúne links para acesso às plataformas virtuais de instituições de ensino, como Utramig, Senai Ead, Uaitec, Fundação Getúlio Vargas, dentre outros. Há também a oferta de cursos elaborados e oferecidos por universidades renomadas, como Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Harvard. Ao todo, estão disponíveis cursos em 19 áreas de conhecimento, como Marketing, Direito, Construção Civil, Idiomas, Ciências da Computação, dentre outros.

De acordo com Dalton Figueiredo, superintendente de Educação Profissionalizante da Subsecretaria de Trabalho e Emprego, o objetivo do documento é oferecer alternativas para qualificação profissional, principalmente durante o período de enfrentamento à pandemia de Covid-19. “Sabemos que, com as pessoas em casa, elas têm mais facilidade de encontrar tempo para fazer os cursos. Acreditamos que depois da pandemia o padrão do mercado de trabalho vai mudar, vai ser mais exigente. Então é uma iniciativa que visa capacitar o profissional para ele retornar ao trabalho presencial com mais qualificações”, explica.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) disponibilizou, nesta terça-feira (28), o resultado final do processo seletivo referente ao Edital Sedese nº 01/2020, destinado à contratação de profissionais de Gestão e Políticas Públicas em Desenvolvimento. O resultado da análise dos recursos interpostos pelos candidatos também está disponível.

Após três etapas de processo, foram selecionados 18 candidatos. A atuação dos profissionais será em  Belo Horizonte, Curvelo e Divinópolis, em ações de reparação dos danos provocados pelo rompimento da Barragem B1, da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.

Os contratados prestarão apoio técnico às ações da Sedese nos municípios que foram atingidos pelo rompimento da barragem. As informações sobre o edital e os resultados das etapas anteriores estão disponíveis no site da Sedese, em www.social.mg.gov.br.

As Diretorias Regionais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) se reuniram, no último dia 27, em uma conferência virtual para a realização de uma Ação de Apoio Técnico, com o tema "Orientações aos Acolhimentos de Idosos para enfrentamento à Covid-19". O objetivo do encontro foi apresentar estratégias para dar suporte e apoio aos municípios e Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), nas ações de prevenção e combate à Covid-19.

A ação foi uma parceria entre a Superintendência de Integração (SI), por meio das Regionais e da Diretoria de Coordenação Regional, a Subsecretaria de Direitos Humanos (Subdh), através da Coordenadoria Estadual de Política para Pessoa Idosa e a Rede de Apoio à Pessoa Idosa (RAPI/MG), apoiadas pela Frente Nacional de Fortalecimento às ILPI.

Os palestrantes apresentaram materiais referentes a pauta da Assistência Social, Direitos Humanos e Saúde, com o objetivo de contribuir para que gestores e técnicos municipais de assistência social, além dos profissionais das ILPIs possam potencializar a execução das ações de prevenção ao coronavírus, tanto com pessoas idosas (do grupo de risco), quanto com os próprios trabalhadores das ILPIs. “Principalmente pelo relato final das ILPIs presentes, acredito que a ação foi bastante relevante", destacou Rafael Guedes, diretor da Sedese em Juiz de Fora.

Segundo César Soares, diretor regional da Sedese de Muriaé, a videoconferência permitiu a aproximação das regiões com o tema. “A ação, sem dúvidas, incentiva o desenvolvimento das ILPIs da região, principalmente em um momento como esse de pandemia que estamos vivenciando. Essa aproximação também permite o acesso aos materiais e discussões que embasam a prática cotidiana da ponta”, destaca.

Para Rodrigo Costa, coordenador estadual de Políticas para Pessoa Idosa, a Ação de Apoio Técnico representou um espaço de articulação em rede, com a reunião de diversos atores que compõem o conjunto de serviços de atenção às ILPIs. “Acreditamos que todas essas ações contribuirão para o fortalecimento dessas instituições durante o enfrentamento da pandemia, e também depois desse período”, afirma.

Ana Andréa Oliveira Pereira, coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Pirapetinga, participou do encontro e elogiou o conteúdo apresentado, bem como a realização da ação. “É bom saber que o Estado se mobiliza com esse tipo de situação. Me surpreendi com tanta informação e de saber que existe uma boa base para esse segmento, e que a política não é fragilizada. Talvez esses profissionais pudessem buscar maior aproximação com os atores que trabalham diretamente na ponta”, relata.

De acordo com Vinícius Magalhães Gravina, secretário municipal de Desenvolvimento Social do município de Ubá, o trabalho da Sedese tem sido fundamental para que os municípios consigam se organizar, planejar e executar as ações. “A Sedese sempre teve um papel de grande relevância, mas isso se intensificou nos tempos atuais. Temos que agradecer a equipe de trabalho pela atenção e disposição em nos atender, de maneira até muito ágil e segura, principalmente agora que a demanda pelos Serviços e Benefícios, por parte da população, e pelas informações, por parte dos órgãos gestores, vem sendo cada vez maior”, finaliza.

Após 30 anos de separação, o contato entre uma ex-interna da Fundação Bem Estar do Menor (FEBEM) e sua família foi reestabelecido. Desde junho, após receber uma ligação da família, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Assistência Social (Subas), trabalhou para localizar Márcia Cristina*, que foi encaminhada para a FEBEM quando tinha apenas 12 anos.

No contato telefônico, os parentes de Márcia apresentaram informações pessoais da prima desaparecida, bem como o histórico familiar e o motivo do encaminhamento dela para a FEBEM. Na época, a família composta por oito pessoas - sendo a mãe portadora transtorno mental – enfrentava dificuldades financeiras. Márcia, em razão de uma deficiência nos pés, foi encaminhada para o Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, para tratamento especializado. Posteriormente, após alta hospitalar, tornou-se interna da FEBEM.

Desde que se tornou interna da Fundação, não foram encontrados registros de contato entre Márcia Cristina e a família, fato que dificultou a conexão com seus familiares. A partir de pesquisas em documentos de parcerias mantidas entre a Sedese e Organizações da Sociedade Civil, para atendimento às pessoas com deficiência oriundas da Fundação, os servidores da Subas localizaram Márcia na Casa Lar da APAE de Luz, onde permanece acolhida desde 1996, ano de encerramento das atividades da FEBEM.

O programa é objeto de parceria entre a Sedese e 24 APAEs do Estado, e é destinado a atender exclusivamente egressos da FEBEM que possuíam, à época, alguma deficiência. Hoje, o público atendido pelo programa é constituído por pessoas adultas com deficiência, que não alcançaram condições de autonomia e/ou (re)integração na família de origem, extensa ou substituta, permanecendo sob cuidados do Estado.

Cristiano de Andrade, Superintendente de Proteção Social Especial da Subas, explica que a equipe da Diretoria de Proteção Social de Alta Complexidade da Superintendência realiza o acompanhamento das unidades de acolhimento, e também das pessoas acolhidas. “São mais de 300 pessoas que estão nessas unidades atualmente. Nós temos o trabalho de ter a atenção para como essa aproximação é feita, dado que muitos desses acolhidos estão sem contato com a família há vários anos. Então é um processo mais cuidadoso, tanto para as famílias quanto para os acolhidos, para garantir que esses vínculos sejam reconstruídos”, detalha.

O contato entre Márcia Cristina e seus familiares tem seguido esses protocolos. Ainda em junho, após sua localização, Márcia já participou de telefonemas e videochamadas com sua família. O próximo passo é a viabilizar o reencontro presencial, que está sendo preparado para ocorrer conforme as orientações das autoridades de saúde, devido à pandemia de Covid-19.

*Nome fictício para preservar a identidade da acolhida, a pedido da família.