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Webinário discute políticas públicas para o mercado de trabalho e geração de renda no pós-pandemia

A pandemia do novo coronavírus produziu efeitos enormes no aumento da pobreza, uma pequena alta no percentual do desemprego formal e uma grande elevação do mercado informal de trabalho. A avaliação é do ex-ministro da Previdência do governo Fernando Henrique Cardoso, Roberto Brant, que participou hoje do webinário Mundo do Trabalho: Impactos da Covid-19 após um ano de pandemia, promovido pelo Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Renda de Minas Gerais (Ceter/MG) e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

Segundo ele, enquanto nos países desenvolvidos o desemprego girava em torno de 5% em 2019, saltando para cerca de 9% em 2020, no Brasil, no pré-pandemia a taxa estava em 12,6%, passando para 13,5% em 2020 e atingindo agora 14,4%. Segundo ele, nos Estados Unidos, o desemprego saltou de 4% em 2019 para 16% no ano passado, mas já está hoje em torno de 6%.

“Claro que houve efeito no mercado de trabalho, mas percebo que os maiores impactos se deram, principalmente, no mercado informal, que já atingia 41,6% da população ocupada em 2019, algo em torno de 39 milhões de brasileiros, e atinge hoje uma grande parcela da população. “Os grandes problemas do mercado de trabalho brasileiro antecedem largamente o efeito da pandemia. Diferente da maioria dos países do mundo, nós já vivíamos, há mais de uma década, uma situação de recessão econômica que teve efeitos extremamente perversos no mercado de trabalho brasileiro”, afirmou Brant, para quem os remédios a serem adotados são estruturais.

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, informou que dados da Pnad mostram que o desemprego em Minas chega a 12,2% da População Economicamente Ativa e, no Brasil, a taxa chega a 14,4%. “Esses resultados afetam praticamente uma grande parcela da população, principalmente os trabalhadores com menor proteção social, baixa escolaridade e os que se encontram abaixo da linha da pobreza”, disse, lembrando a importância de eventos como o webnário para a discussão e implementação de políticas públicas.

De acordo com Elizabeth Jucá, estudos recentes da Sedese apontam que 1,6 milhão de mineiros se tornarão pobres e extremamente pobres com o fim do auxílio emergencial. “Com isso, Minas Geais passará a ter 5 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, ou seja, quase um quarto da população do Estado”.

Raphael Vasconcelos, subsecretário de Trabalho e Renda da Sedese e mediador do debate, ressaltou que pouco mais de um ano após o início da pandemia é possível ver agora um retrato mais claro dos efeitos sociais e econômicos da Covid. “Sabemos que essa crise ainda não foi resolvida e que suas consequências estarão presentes nos próximos anos. E nosso objetivo é discutir esse futuro. O Ceter continua cumprindo com uma de suas funções, que é promover as políticas de trabalho, emprego e renda, e esse seminário é mais uma forma de discutirmos políticas públicas nessa área tão importante para a sociedade”, enfatizou.

A diretora técnica adjunta do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Pelatieri, salientou também os impactos da pandemia sobre o mercado de trabalho “Tivemos um aumento não só da pobreza e da extrema pobreza, mas também tem um impacto do empobrecimento da classe trabalhadora ocupada”, disse. Segundo ela, se comparado o quarto trimestre de 2019 com o quarto trimestre de 2020, houve uma queda no rendimento real médio dos trabalhadores de 1%. Já nas ocupações com ensino superior completo essa redução na remuneração chegou a quase 9%.

“É preciso pensar a questão da formação, da educação, pensando no país do futuro, a hora que retomarmos as atividades e disputa, inclusive no mundo, em que o lugar o Brasil estará nessa divisão econômica mundial. A crise trouxe à tona e aprofundou desigualdades já existentes no mercado de trabalho, que é a questão das mulheres, que são maioria nas taxas de desocupação. Se acrescermos aí questão da cor, vemos então que as mulheres negras tiveram um impacto ainda maior e aprofundam ainda mais as diferenças de remuneração”, disse, lembrando que para enfrentar essas desigualdades do mercado de trabalho e de empobrecimento da população, não só crescimento da economia é prioritário, mas também é preciso políticas públicas que se somem nessa retomada da economia e sejam propositivas para reduzir essas desigualdades tão difíceis do mercado. Ela salientou também a importância dos Conselhos Municipais de Trabalho, Emprego e Renda para garantir políticas públicas mais efetivas.

José Ribeiro, coordenador da Área de Geração de Conhecimento para Promoção do Trabalho Decente da OIT, apresentou uma série de ferramentas que a OIT vem trabalhando com seus parceiros para auxiliar nessa retomada, pensando no modelo triparte da Organização: governo, representação de empregadores e trabalhadores. Segundo ele, o ineditismo da pandemia trouxe efeitos muito rápidos e consequências muito grandes para empresas, trabalhadores e para o funcionamento da sociedade como um todo.

“Logo de início, nós já tivemos um impacto no trabalho formal, com redução da jornada de trabalho e dos salários. O trabalho informal também ficou comprometido, a gente vê isso na Pnad Contínua logo nos primeiros meses da crise. Há setores intensivos de mão de obra que foram fortemente atingidos, como turismo, cultura e entretenimento, assim como alguns segmentos de comércio e serviço”, lembra José Ribeiro. Segundo ele, os pequenos negócios também foram fortemente impactados, e respondem por cerca de 30% do Produto Interno Bruto no Brasil.

O representante da OIT afirmou que houve um aumento das fragilidades existentes no mercado de trabalho e salientou que as mulheres foram extremamente prejudicadas pela Covid, assim como os jovens. José Ribeiro mostrou também as propostas da Organização para a retomada econômico-social no pós pandemia.

Confira aqui a íntegra do webinário.

Utramig inicia curso de Programação Web só para mulheres

A importância de maior diversidade no mercado de trabalho de tecnologia foi a tônica da Aula Inaugural do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Programador Web, que aconteceu na segunda-feira, 17 de maio. A turma é formada somente por mulheres. O curso é ofertado  por meio do Programa Novos Caminhos, do Governo Federal, e conta com a parceria do Projeto Minas Programando, uma iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), que tem o objetivo de enriquecer a oferta e ampliar as possibilidades de inserção profissional das alunas.

A presidente da Utramig, Patricia Braga, destacou os dados da presença de mulheres atuando na área tecnológica em Minas Gerais (39%) e no Brasil (26%), segundo pesquisas, e a necessidade de maior incentivo a participação de mulheres. Ela ressaltou que um dos pontos levantados nas pesquisas sobre a baixa participação de mulheres no mercado de Tecnologia da Informação está relacionado ao fato de essas mulheres não terem em quem se inspirar.

O subsecretário de Trabalho e Emprego da Sedese,  Raphael Rodrigues, celebrou a concretização dessa turma e parabenizou o trabalho de todas as pessoas envolvidas. Ele reforçou a importância de ampliar a presença feminina nesta área tão dinâmica e importante para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Rodrigues elencou as ações da SEDESE de enfrentamento aos desafios e obstáculos neste momento, bem como enalteceu a iniciativa do curso “para a geração de novas oportunidades para a vida das alunas”.

Ao fim da sua fala, Patricia fez um convite às alunas: “sejam, vocês, as mulheres que serão a inspiração para as meninas do futuro”.

Sobre o curso

O curso terá duração de 4 meses, com carga horária total de 200 horas. Serão desenvolvidos os conteúdos de Introdução a Programação e ambiente de desenvolvimento; Lógica de programação, HTML e CSS, Java Script, React, FrameWork e Banco de Dados. Além disso, as alunas terão a disciplina de Competências de Empregabilidade e Cidadania (CEC), espaço dedicado discutir questões relacionadas às competências socioemocionais e ao mercado de trabalho.

Sobre Novos Caminhos

O Ministério da Educação estruturou o Novos Caminhos para o fortalecimento da política de Educação Profissional e Tecnológica, em apoio às redes e instituições de ensino, no planejamento da oferta de cursos alinhada às demandas do setor produtivo e na incorporação das transformações produzidas pelos processos de inovação tecnológica.

Sobre Minas Programando

O projeto Minas Programando é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais com o objetivo de ofertar vagas em cursos de qualificação profissional na área de tecnologia da informação para mineiros e mineiras.

 

Percursos Gerais lança terceira fase do programa no Norte de Minas

WhatsApp Image 2021 05 18 at 15.47.40A terceira fase do programa Percursos Gerais foi lançada nesta terça-feira (18/5) em Montes Claros pela secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, com 12 municípios da região Norte de Minas.

A iniciativa do Governo de Minas para combater a vulnerabilidade de famílias nas cidades de menor IDH-M do estado visa estimular e capacitar as pessoas em direção à autonomia.

A reunião aconteceu na sede da Amans (Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene) onde foi assinado o termo de implementação do Percursos Gerais: Trajetória para Autonomia e alinhado as ações previstas para serem executadas, iniciando assim as atividades relacionadas ao programa na região.

O termo assinado pelos prefeitos, seus representantes e pela secretária Elizabeth Jucá prevê ações nas áreas de assistência social, segurança alimentar e nutricional, melhoria habitacional, esporte e lazer, direitos humanos, prevenção às drogas e geração de renda.

Par dar início ao programa será realizado um diagnóstico para identificar quais são as maiores vulnerabilidades sociais dos 12 municípios. Este diagnóstico será utilizado para a elaboração do planejamento de atuação da Sedese e demais secretarias com proposição de atuação intersetorial entre as políticas públicas do governo. A Regional Sedese de Montes Claros será o centro da articulação do Percursos Gerais no território.

O Superintendente de Integração e Segurança Alimentar e Nutricional da Sedese, Henrique Carvalho apresentou detalhes do projeto, o cronograma de implantação e salientou a importância do Percursos Gerais. “Esse é o começo de uma nova forma de atuação da política pública que preza pela integração dos vários atores e dos entes federativos tendo a família como centro”, afirmou o superintendente.

Para a secretária Elizabeth Jucá este projeto tem o diferencial de ser construído em conjunto com os municípios. “A essência deste trabalho é a família. Precisamos trabalhar a família nas suas múltiplas vulnerabilidades. E a parceria com a gestão municipal é de fundamental importância para o êxito do Percursos Gerais”, enfatizou.

Participaram da reunião representantes das gestões municipais e profissionais que atuam com desenvolvimento social nas cidades de Bonito de Minas, Cristália, Ibiracatu, Juvenília, Miravânia, Pai Pedro, Pintópolis, Santo Antônio do Retiro, São João da Ponte, São João das Missões, Varzelândia e Verdelândia. Percursos Gerais
O programa Percursos Gerais: Trajetória para Autonomia é parte da estratégia do Governo de Minas Gerais na busca pela redução das múltiplas formas de vulnerabilidade social a partir da ação intersetorial entre as diferentes áreas da Sedese. A proposta é que o programa seja executado nos municípios mineiros com o menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

Atualmente, o programa atende 35 municípios na segunda fase de execução

Minas já repassou mais de R$ 8 milhões de recursos extraordinários a 217 municípios para o enfrentamento à Covid 19

O governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), já destinou este ano mais de R$ 8 milhões referentes a parcelas extras do Piso Mineiro de Assistência Social Fixo a 217 municípios e estão em processo de pagamento previsto para esta semana quase R$ 14 milhões para outras 479 cidades.


Os recursos serão utilizados para enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no âmbito da assistência social, aprimorando os serviços municipais oferecidos à população. Ao todo, serão liberados R$ 31,5 milhões até junho de 2021, o que equivale a sete parcelas extras do Piso Mineiro Fixo. Os repasses referentes do Piso Mineiro Fixo são transferidos pelo Fundo Estadual de Assistência Social (Feas) aos Fundos Municipais de Assistência Social (FMAS) em regular funcionamento.

Os recursos extraordinários repassados esse mês equivalem a seis parcelas do Piso Mineiro Fixo, cumprindo uma das principais competências estabelecidas no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas) para a esfera estadual, que é apoiar técnica e financeiramente os municípios na estruturação e implantação das ações de assistência social.
Os valores repassados aos municípios são oriundos do Fundo Estadual de Erradicação da Miséria (FEM) e se destinam a ações de combate à pandemia no âmbito da assistência social, atendendo à população mais vulnerável.


Os recursos de caráter extraordinário deverão ser utilizados prioritariamente para a concessão de benefícios eventuais e para outras despesas que garantam o atendimento a serviços socioassistenciais às famílias em situação de vulnerabilidade social atingidas pela pandemia.

Os benefícios eventuais podem ser transferidos para população vulnerável em forma de pecúnia, bens ou serviços, por exemplo concessão de cestas básicas. O recurso também pode ser utilizado para melhorias dos serviços de atendimento à população e ações de acompanhamento familiar.

Assim como os repasses ordinários, que ocorrem mensalmente, as parcelas adicionais serão registradas no plano de serviços de 2021, como termo aditivo, e depositadas na mesma conta do Piso Mineiro Fixo.

Sedese abre inscrição para curso de TI voltado às mulheres

Estão abertas as inscrições do processo seletivo para o curso de “Programação com Arduino: Criando Soluções com a Plataforma Tinkercad”, ofertado pelo programa Minas Programando, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). O curso tem como objetivo promover a inclusão digital e produtiva de públicos em situação de vulnerabilidade social, prioritariamente mulheres. A apresentação do programa e do processo seletivo foi realizado em webinário nesta segunda-feira (17/5), no canal do youtube da Sedese.

O processo seletivo é gratuito e destina-se a mulheres, maiores de 18 anos, com ensino médio completo. Para se matricular é necessário que a interessada resida em um dos seguintes municípios: Bocaiúva, Brasília de Minas, Campo Azul, Capitão Enéias, Claro dos Poções, Coração de Jesus, Francisco Sá, Glaucilândia, Ibiracatu, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Juramento, Lontra, Luislândia, Mirabela, Montes Claros, Patis, Ponto Chique,  Pirapora, Salinas, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João do Pacuí, Taiobeiras, Ubaí, Varzelândia ou Verdelândia.

Serão disponibilizadas 50 vagas, de 200 horas de duração, na modalidade Educação a Distância (EAD) para Programação com Arduino, com Programação em Linguagem C/C++, Arduino e Autodesk Tinkercad. Também serão trabalhadas habilidades importantes para o mercado de trabalho: desenvolvimento de aptidões comportamentais, socioemocionais, de negócios e de empreendedorismo, além de conteúdos práticos do mercado de trabalho.

A primeira etapa da seleção, de caráter classificatório, será por meio de teste de conhecimento básico aplicado via formulário online no ato da inscrição. Para se inscrever, clique aqui! O período de inscrição será entre os dias 17 e 29 de maio de 2021. A divulgação do resultado será pelo site da Sedese.

As 100 (cem) candidatas selecionadas deverão confirmar a matrícula respondendo o e-mail que será enviado ao endereço digital cadastrado na inscrição, para iniciarem a segunda etapa da seleção.

A segunda etapa da seleção, também de caráter classificatório, será por meio de realização de teste testes vocacionais on-line (Rede Cidadã) e 40 horas de curso socioemocional a serem ofertados pela Vollee (20 horas) e pelo SebraeDelas (20horas). Serão selecionadas as 50 alunas que melhor se adequarem ao perfil do curso.

Para informações sobre o Minas Programando acesse: http://social.mg.gov.br/trabalho-e-emprego/educacao-profissional/minas-programando

Dúvidas poderão ser esclarecidas pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

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