Objetivo é diminuir a população em situação de rua do estado por meio de capacitação e inclusão social e produtiva

"A gente tem potencial, mas não tem oportunidade. Eu estava em vulnerabilidade social e participei das oficinas em Contagem. Eu agradeço muito a criação do projeto que me tirou dessa situação”, conta Edson Alves Moreira, que participou do programa Vias de Inclusão. Graças ao projeto, Edson conseguiu uma recolocação no mercado de trabalho. Atualmente, ele é contratado da empresa DBX para desenvolver oficinas do Vias de Inclusão, em Betim, na região metropolitana. 

Lançado nesta terça-feira (19/9), em Betim, o Vias de Inclusão é uma das estratégias implementadas pelo Governo de Minas na busca pela redução da população em situação de vulnerabilidade no estado, por meio de inclusão social e produtiva dessas pessoas. Idealizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG) o projeto é desenvolvido como piloto em Betim e Contagem, e poderá beneficiar cerca de 60 pessoas em cada município. 

A secretária de Estado da Sedese, Elizabeth Jucá, foi a responsável pela abertura do evento e ressaltou a importância do projeto-piloto para transformação da vida das pessoas em vulnerabilidade. “O Vias de Inclusão é um projeto voltado para pessoas em situação de rua e tem vários tipos de atendimentos, além da questão de qualificação profissional. Convocamos empresas para participarem e incluírem essas pessoas no mercado de trabalho”, ressaltou Elizabeth. 

A vice-prefeita de Betim, Cleusa Bernadete Lara Corrêa afirmou, durante a solenidade de apresentação do programa, que o município se preocupa a cada dia para trazer mais dignidade e qualidade de vida para os moradores em situação de rua.

“Nós executamos várias ações para essa parcela da população e sabemos que não é fácil. Esta parceria com o Governo de Minas é de extrema importância e vai possibilitar mais oportunidades de inserção no mercado de trabalho para essas pessoas que estão em uma situação de vulnerabilidade. A partir deste programa, elas terão oportunidades de sair desta condição”, afirmou a vice-prefeita. 

O programa 

O Vias de Inclusão é coordenado pela Subsecretaria de Inclusão Produtiva, Trabalho, Emprego e Renda (Subte), da Sedese, e busca alterar a trajetória de pessoas em situação de rua. O programa promove formação e dá suporte para as pessoas saírem da condição de mendicância, com qualificação socioemocional e profissional. 

Conforme Elizabeth explicou, na fase inicial, o Vias de Inclusão foi implantado em Betim e Contagem, com investimento inicial de aproximadamente R$ 200 mil. 

“Escolhemos esses dois municípios exatamente porque estão próximos da região metropolitana, não sendo cidades tão grandes quanto Belo Horizonte, e também porque estamos próximos. A Secretaria vai acompanhar o desenvolvimento deste projeto de perto”, completou Elizabeth. 

Cristian Gonçalves, um dos beneficiários do Vias de Inclusão, não escondeu a empolgação pela expectativa de mudança de vida. “O programa nos dá a possibilidade de arrumar um emprego. Nós, que somos moradores de rua, somos vistos com outros olhos por muitas pessoas. E o programa aumenta nossa expectativa de mudança de vida porque nem todo mundo que está na rua quer continuar nela. Eu sou um deles, estou correndo atrás de uma vida melhor, de trabalho, e isso dá uma perspectiva de futuro, não só para mim, mas também para vários companheiros”, ressaltou. 

Uma das metas do projeto-piloto é que pelo menos 30% dos participantes já saiam da qualificação com emprego garantido, seja numa das empresas parceiras, seja na coleta e reciclagem de materiais ou em empreendimentos de economia solidária. 

Futuro 

Com o sucesso do projeto-piloto, já está prevista a ampliação do programa em 2024. Ele vai abranger Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Poços de Caldas, Sete Lagoas e Uberaba. Ao todo, serão beneficiadas 430 pessoas em situação de rua desses municípios, com investimento de mais de R$ 820 mil. 

O trabalho 

Um dos objetivos da iniciativa liderada pela Sedese é trabalhar o processo de escuta e diálogo com as pessoas em situação de rua ou com trajetória nesta realidade, e também com instituições da sociedade civil que realizam trabalhos ou ações junto a este público. A partir disso, são desenvolvidas ações voltadas para a formação socioemocional, qualificação profissional, organização coletiva de trabalho e empreendimentos de economia solidária. 

O Vias de Inclusão conta com a parceria da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e da Receita Federal do Brasil, que farão doações de vestuários adequados para uso no momento da entrevista de emprego ou em ocasiões importantes para os beneficiários do programa. 

Comissão Organizadora Estadual espera atingir pelo menos 80% de Minas Gerais

Os municípios mineiros que ainda não realizaram sua Conferência Municipal de Juventude (CMJ) têm até o próximo dia 30 de setembro para concluí-las. Na ocasião serão eleitos os delegados e delegadas que participarão da etapa estadual, onde nova seleção será feita para estarem presentes na fase nacional de discussão de políticas públicas voltadas para este grupo. Clique aqui para acessar a página com mais informações.

A Comissão Organizadora Estadual (COE), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), está dando apoio, e, para isso, criou dois documentos-padrão de convocação e de Regimento Interno Municipal. Há também um grupo de Whatsapp (clique aqui) para dar suporte. O objetivo é que pelo menos 80% dos 853 municípios mineiros realizem suas respectivas conferências.

A participação geral é essencial para o fortalecimento da pauta das juventudes em Minas. A CMJ é a instância máxima de participação popular jovem e tem como objetivo discutir, avaliar e propor políticas públicas de atendimento a esse público, considerando sua pluralidade.

A chamada está sendo feita no site do Conselho Estadual de Juventude de Minas Gerais (Cejuve-MG), na página oficial da 5ª Conferência Estadual das Juventudes. Os documentos para orientação estão todos aqui, disponíveis para consulta e download.

O Cejuve-MG e a Diretoria de Políticas Públicas de Juventude estão trabalhando em conjunto para dar suporte e tirar todas as dúvidas dos municípios. O que as Comissões Organizadoras Estadual e Nacional buscam é a ampla participação de todo o território e suas visões únicas para que sejam definidas as diretrizes do Plano de Juventudes Estaduais, atendendo às necessidades específicas de cada região.

Conferências

As Conferências Municipais de Juventude de 2023 ocorrem após chamada da Presidência da República ocorrida em julho. Em movimento conjunto convidou todos os Estados para mobilização nacional. Dentro desse convite ficaram estabelecidas as datas-limite de realização das conferências em cada âmbito. Enquanto as municipais podem ser convocadas e realizadas até o próximo dia 30, o prazo para a etapa estadual vai até 31 de outubro de 2023.

Minas Gerais já tem datas marcadas para a 5ª Conferência Estadual das Juventudes. O Regimento Interno estabeleceu que a primeira etapa, virtual, ocorrerá nos dias 9, 10, 11, 16 e 17 de outubro, enquanto que a segunda, presencial, será no dia 27 do mesmo mês, em Belo Horizonte. A Conferência Nacional vai ocorrer entre 14 e 17 de dezembro de 2023.

Iniciativa da Sedese vai levar qualificação, inserção produtiva e empoderamento feminino para 20 mulheres desses municípios 

Nos dias 15 e 18/9, o Governo de Minas lançou o Trajeto Moda em mais duas cidades do estado. A iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG) chegou nos municípios de Serro e Frei Gaspar, localizadas no Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri, respectivamente. Com apoio das prefeituras municipais, o projeto vai beneficiar 10 mulheres em cada localidade e busca promover a autonomia e independência financeira dessas mulheres, por meio de qualificação na indústria da moda, inserção produtiva e empoderamento feminino. 

Cada cidade recebeu um investimento de cerca de R$ 98 mil para compra de 12 máquinas de costura e para o oferecimento dos cursos de capacitação. A entrega dos maquinários e a disponibilização dos cursos compreendem a primeira de uma série de ações para o desenvolvimento do projeto, que contará ainda com outras etapas definidas de acordo com as especificidades e realidades locais dos municípios. 

Com aporte total de R$ 5,2 milhões, o projeto foi lançado em abril deste ano e está em fase de interiorização. Ainda em 2023, o projeto será lançado em Governador Valadares. Até 2024, deve beneficiar 500 mulheres, alcançando 35 municípios mineiros. O projeto piloto foi executado na cidade de Belo Horizonte em 2021, beneficiando 17 mulheres. 

O formato do Trajeto Moda foi desenvolvido em parceria inédita com empresários, acadêmicos e profissionais do mercado da moda. Em 2021, esses parceiros ajudaram a realizar o projeto piloto com a participação de dez mulheres do Aglomerado da Serra e sete representantes regionais que contribuíram na adaptação da metodologia para ser aplicada no interior do estado em 2023. 

Capacitação 

Coordenado pela Subsecretaria de Inclusão Produtiva, Trabalho, Emprego e Renda da Sedese, o Trajeto Moda oferece capacitação que abrange aulas de costura, cidadania, inteligência emocional, empreendedorismo, produto, mercado físico e digital, liderança, cooperativismo e educação financeira. Os cursos são ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (Senar-MG) e buscam proporcionar a transformação pessoal de mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade social, como as que se encontram em situação de violência doméstica, mães solos ou as que vivem em insegurança alimentar. 

A seleção das mulheres para participar do projeto foi realizada em parceria com os municípios, especialmente pelas equipes dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), que também colaboraram na construção dos conteúdos programáticos que serão ministrados, atendendo as demandas emergenciais de cada cidade. 

Na Itália, comitiva em se reuniu com representantes da Organização das Nações UnidasNa Itália, comitiva em se reuniu com representantes da Organização das Nações Unidas

São dois programas: o cultivo de hortaliças regionais e pomares frutíferos no semiárido mineiro, e o projeto Horta Resiliente, que transforma áreas de risco em espaços produtivos e sustentáveis por meio da agricultura comunitária.

“Foi uma reunião importante para deixar claro que, em Minas Gerais, nós temos um projeto em funcionamento que, mesmo que em pequena escala, é exatamente o que está sendo implementado no Nordeste do Brasil. Trata-se de um programa de apoio aos microprodutores rurais, onde eles passam a ter acesso a várias tecnologias, a recursos para irrigação, e a melhorias das suas propriedades rurais. Desta forma, abrimos aqui mais uma frente de trabalho e nossas secretarias vão conduzir essas conversas para que nós tenhamos o apoio da Fida e da FAO, lembrando que são órgãos das Nações Unidas, que cuida da segurança alimentar em todo o planeta e que tem levado recursos e tecnologias para aqueles países onde ainda há populações que vivem às margens da segurança alimentar”, destacou o governador.

Semiário mineiro

O governador acrescentou ainda que as regiões contempladas com os programas serão as do Vale, do Jequitinhonha, do Mucuri, e do Norte de Minas. “São áreas onde nós temos dificuldades adicionais e o clima é semi-árido. Então você precisa ter mais investimentos em irrigação. E como isso já está sendo aplicado no Nordeste brasileiro, em projeto bem avançado, nós queremos fazer o mesmo em Minas”, explicou.

Para o secretário de Estado de Desenvovimento Econômico, Fernando Passalio, a reunião com os órgãos internacionais mostra o olhar do Governo de Minas para todos os níveis e todas as demandas do setor produtivo, desde a pequena produção até a grande. “Estivemos aqui empenhados nos produtores rurais, nas pequenas unidades de produção rural e na agricultura familiar.A gente sabe das dificuldades que existem para se produzir no norte de Minas, nos vales do Mucuri e do Jequitinhonha. Então essas regiões foram amplamente defendidas pelo governador Romeu Zema para que a ONU tenha um olhar mais próximo dessas regiões e que a gente possa levar as melhores técnicas para que todos possam ter acesso a essa prosperidade que a agricultura pode dar aos mineiros”, disse.

Fida

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) atua para promover o aumento dos investimentos públicos e privados na agricultura e no desenvolvimento de empreendimentos rurais. O objetivo do órgão é reduz a pobreza e a fome, aumentando a resiliência dos habitantes rurais. O Fida é o segundo maior investidor multilateral em segurança alimentar e nutricional do mundo, e está entre as principais instituições multilaterais que trabalham com agricultura na África.

O fundo dá atenção especial a mulheres e homens rurais pobres em suas atividades e investimentos, e os inclui como partícipes em sua concepção e implementação. O presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agricola, Álvaro Lario, e a diretora para América Latina e Caribe, Rossana Polastri, receberam a comitiva mineira para a reunião.

FAO

Já a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) trabalha no combate à fome e à pobreza, promovendo o desenvolvimento agrícola, a melhoria da nutrição, a busca da segurança alimentar e o acesso de todas as pessoas, em todos os momentos, aos alimentos necessários para uma vida saudável.
Presente no Brasil desde 1949, a FAO tem contribuído com as transformações sociais e políticas do país, especialmente no combate à fome e à miséria. O escritório de representação está situado em Brasília desde 1973. Na itália, quem recebeu a comitiva mineira foi o diretor Chikelu Mba.

Balanço

Esta foi a última agenda da comitiva mineira na Itália. Agora, o grupo segue para Áutria, onde terá uma reunião em busca de mais investimentos para Minas Gerais. Para o governador Romeu Zema, os dias em terras italianas foram produtivos.
“Tivemos a oportunidade de nos reunir com vários empresários que têm interesse de investir em Minas Gerais e mostramos que eles terão mercado e serão bem recebidos. Mostramos que, se eles produzirem no Brasil, a indústria mineira, que já é competitiva, vai ficar ainda mais. E firmamos aqui investimentos de empresas que já estão instaladas e que vão ampliar a sua produção no Brasil. Esse contato direto é muito importante, pois deixa claro que Governo de Minas vai continuar dando apoio ao setor produtivo, que é quem gera empregos”, finalizou o governador.