“Transformamos a realidade de muitas mulheres jovens que viviam em situação de vulnerabilidade, tornando-as cidadãs em essência com a oferta do Trajeto Moda”, avalia a Secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, durante encontro de agradecimento aos parceiros e que também apresentou resultados do programa da Secretaria de Desenvolvimento Social – Sedese, hoje (23/11) na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG.
O Trajeto Moda leva a cidades de Minas Gerais, especialmente as que contam com IDH mais baixo, o aprendizado do ofício da costura para garantia de autonomia das mulheres. Já são 35 municípios participantes da iniciativa que trabalha de acordo com cinco etapas: qualificação; estudo do mercado; capacitação específica, mediante nicho de atuação escolhido; manutenção para continuidade do programa e consolidação e expansão.
Wanessa Cabidelli, coordenadora do programa, avalia que já se andou muito com as ações do Trajeto Moda, mas o trabalho segue para os próximos anos. “Lutamos muito para a descentralização das políticas públicas que são capazes de impactar positivamente na vida das mineiras. Viajamos bastante, levamos conhecimento e acolhimento para essas mulheres, dando um novo rumo ao seu caminho”.
Wanessa ainda complementa que o programa expandiu para além do pensado inicialmente: “a ideia era atender a mulheres em situação de violência, mas, com o sucesso do ensino da costura e de noções de empreendedorismo, abarcamos também jovens que se encontram abaixo da linha da pobreza”.
A Secretária finalizou o encontro agradecendo. “O governo não está medindo esforços para tornar as mulheres protagonistas da própria vida, e contamos com parcerias da iniciativa privada, instituições de ensino, como a UEMG, prefeituras e voluntários do mercado da nova nessa força tarefa bem sucedida. Estamos aqui colhendo os resultados. Muito obrigada!”
Criação
O “Trajeto Moda” é uma iniciativa inserida no Programa Percursos Gerais: Trajetória para a Autonomia, destinada a mulheres em situação de vulnerabilidade econômica e social, em especial vítimas de violência doméstica. Surgiu a partir do Mapa Falado, diagnóstico realizado pela Sedese em 16 municípios de baixo IDHM da Regional de Teófilo Otoni, onde se registrou muitas situações de violência contra a mulher. Por isso foi necessária uma intervenção visando combate e prevenção.
A partir desse contexto, o projeto busca promover o reerguimento da autoestima, a autonomia e independência financeira dessas mulheres, e para isso elas participam de uma série de qualificações com foco em empoderamento, liderança, associativismo, modelo de negócios, conhecimento sobre o mercado da moda e identificação de ciclos de violência de gênero. A formação principal é em corte e costura. Essa capacitação possibilita o aprendizado em um ofício em que elas poderão gerar renda futuramente.