Mesmo com pandemia, mercado de trabalho em Minas se recuperou em 2021
Apesar do aumento da informalidade, o mercado de trabalho mineiro conseguiu se recuperar em 2021 quando comparado aos níveis registrados antes da pandemia. Foi o que mostrou o Boletim do Mercado de Trabalho Mineiro, produzido pela Fundação João Pinheiro e divulgado hoje (2/5) pelo Observatório do Trabalho, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
Setores de atividade econômica como Agricultura, Indústria de Transformação e Comércio conseguiram se recompor das perdas sofridas com a pandemia em 2020. O estudo apontou que no último trimestre de 2021, o nível de desemprego era praticamente o mesmo em relação ao quarto trimestre de 2019, assim como o nível da ocupação que chegou a 58,6% da população em idade ativa.
Em números absolutos, a população ocupada em Minas Gerais totalizou 10,1 milhões de pessoas no último trimestre de 2021, o que representou uma variação positiva de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para a diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho, Amanda Siqueira Carvalho, a recuperação está diretamente ligada à evolução da vacinação e à diminuição de medidas restritivas. “Com o aumento da cobertura vacinal e o relaxamento de algumas medidas que restringiam a circulação das pessoas e o funcionamento das atividades econômicas, o mercado de trabalho exibiu vários sinais de recuperação, tanto no Brasil, quanto em Minas Gerais. Isso se refletiu no nível de desemprego do último trimestre de 2021 que era praticamente o mesmo do período pré-pandemia”.
Amanda destaca ainda que, nesse período, o contingente de trabalhadores com carteira assinada recuou 1%, ao passo que o número de trabalhadores por conta própria aumentou 2,9%.
O Boletim realizado em comemoração ao Dia do Trabalhador também apresentou a evolução recente dos rendimentos do trabalho em Minas Gerais e o contexto do mercado de trabalho. As análises foram desenvolvidas tendo como base as informações estatísticas obtidas a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua), de 2012 a 2021.
A pesquisa mostra a melhora do mercado laboral, embora a qualidade dos empregos gerados e o nível de renda média do trabalho não tenham acompanhado esse avanço, com aumento dos postos de assalariados sem carteira assinada e trabalhadores (as) informais.
O relatório também destaca o impacto da pandemia no trabalho doméstico, majoritariamente realizado por mulheres. As medidas de restrição resultaram na redução média da renda das famílias. Mesmo após o aumento do contingente de empregadas domésticas em 2021, ainda não houve recomposição deste setor se comparado a 2020.
O Boletim do Mercado de Trabalho Mineiro, edição especial Dia do Trabalhador, é uma produção da Coordenação de Estudos Populacionais da Diretoria de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, com apoio do Observatório do Trabalho de Minas Gerais, da Subsecretaria de Trabalho e Emprego (Subte) da Sedese.
Para ler a versão integral do boletim especial em celebração ao Dia do Trabalhador, clique aqui.
Programação
A Sedese, por meio da Subsecretaria de Trabalho e Emprego (Subte), preparou uma série de eventos em celebração ao Mês do Trabalhador. O destaque fica para o lançamento do Observatório do Trabalho, mas a programação também vai contar com a realização de feiras populares, divulgação de boletins e informativos especiais sobre o mercado de trabalho e oportunidades de capacitação.
Confira a seguir a programação de alguns eventos:
- 2 de maio: lançamento do Informativo Especial “Dia do Trabalhador” e do Catálogo de Oportunidades de Capacitação a Distância.
- 3 de maio: realização da Feira de Economia Popular Solidária na Cidade Administrativa de Minas Gerais (Camg) e na PUC São Gabriel;
- 5 de maio: lançamento do Observatório do Trabalho;
- 10 de maio: lançamento do Boletim “A inserção das mulheres mineiras no trabalho desprotegido em tempo de pandemia: uma análise comparada”;
- De 5 a 28 de maio: realização de Feiras Regionais de Economia Popular Solidária em cidades como Governador Valadares, Juiz de Fora, Buritizeiro, Januária e Paracatu;
O trabalhador também pode acompanhar, semanalmente nas redes sociais da Sedese, a divulgação de vagas abertas no Sine-MG.




Minas Gerais registrou em março a segunda maior geração de empregos com carteira assinada no país. Segundo dado do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, o estado teve saldo positivo de 27.452 postos de trabalho no mês passado, ficando atrás apenas de São Paulo, que alcançou, no mesmo período, a criação de 34.010 postos de trabalho. No acumulado do ano, já houve a geração de 62.421 oportunidades com carteira assinada para os mineiros.
Responsáveis pelo preenchimento do Registro Mensal de Atendimentos (RMA) dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) participaram, dia 20/4, da V Agenda Permanente de Sistemas de Informações do SUAS.
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