Com 11 meses consecutivos de saldo positivo de vagas formais, Estado se posiciona como o segundo maior empregador do país
Minas Gerais acumulou 139.503 novos postos de trabalho com carteira assinada em 2024, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quinta-feira (30/1). O resultado geral positivo coloca o estado como um dos que mais geraram empregos no país no último ano. Desde 2019, o estado já contabiliza mais de 875 mil novas carteiras assinadas, e avança para bater a meta de 1 milhão de empregos até 2026.
O governador Romeu Zema disse que o desempenho positivo é resultado de muito esforço para deixar o Estado menos burocrático e amigo de quem quer empreender e gerar empregos. "A desburocratização da máquina pública garante um cenário mais seguro e encorajador. Não é à toa que também tivemos um salto na abertura de novas empresas, principalmente as micro e pequenas", afirmou.
"Queremos continuar melhorando, trabalhando para que todos os mineiros tenham a oportunidade de crescer, se desenvolver e construir um futuro melhor. Atrair novos investimentos e qualificar a nossa força de trabalho são medidas essenciais para seguirmos transformando a vida dos mineiros", enfatizou Romeu Zema.
Saldo geral positivo
Minas apresentou crescimento dos postos de trabalho em 11 meses consecutivos, encerrando o ano com um saldo geral positivo. O estado fechou 2024 com o terceiro maior saldo, atrás de São Paulo (459.371) e Rio de Janeiro (145.240). Apesar do fechamento de vagas em dezembro (-68.617), algo típico no período devido às contratações temporárias de fim de ano, o consolidado reflete um avanço sólido na economia estadual.
No acumulado, são 4,9 milhões de pessoas empregadas formalmente no estado, no setor público e privado, posicionando Minas como o segundo maior empregador do país.
O setor de Serviços foi destaque, liderando a geração de empregos com 74.740 novas vagas no ano, seguido pelo Comércio (28.810), Indústria (28.520) e Construção (9.394). Já o setor de Agropecuária registrou leve recuo, fechando 1.950 vagas.
O dinamismo econômico de Minas trouxe impacto direto na vida de trabalhadores, como Daniela Oliveira, de Belo Horizonte. Aos 45 anos, ela se recolocou no mercado como vendedora em dezembro. “Como mãe de dois filhos, ter autonomia financeira faz toda a diferença. Comecei 2025 com força total”, relata.
Programas que impulsionam empregos e renda
Políticas públicas, como o Minas Forma e o Trilhas de Futuro, por exemplo, foram essenciais para a ampliação das oportunidades em 2024. Os programas das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social e de Educação, respectivamente, contribuíram para fortalecer o mercado de trabalho com a oferta de cursos gratuitos de qualificação profissional.
Essas iniciativas contribuíram ainda para que Minas registrasse o menor índice de desocupação de sua história. No terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego caiu para 5%, segundo a Pnad Contínua do IBGE, um recorde desde o início da série histórica, em 2012.
Para a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela, “esse avanço é fruto de políticas públicas consistentes, voltadas para o desenvolvimento e inclusão social”, destaca. “Nosso compromisso é com o crescimento de Minas e a qualidade de vida da população”, completa a secretária Alê Portela.
Ambiente de negócios em alta
No ano, Minas manteve um desempenho de destaque na atração de investimentos privados, acumulando mais de R$ 460 bilhões desde 2019. Essa média anual de R$ 80 bilhões é significativamente superior aos R$ 11 bilhões registrados entre 1998 e 2018.
“Com a simplificação do ambiente de negócios e o apoio às empresas, esses investimentos se transformam em milhares de oportunidades para os mineiros. A previsão é de 238 mil empregos diretos, muitos já em execução”, afirma Fernando Passalio, secretário de Desenvolvimento Econômico.
Além disso, Minas registrou a abertura de mais de 99 mil empresas em 2024, o melhor resultado desde o início dos registros pela Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), em 2019. Nos últimos seis anos, houve um salto de quase 90% no número de novos negócios, impulsionado por iniciativas como o Minas Livre para Crescer, que desburocratizou processos e fomentou o crescimento das Micro e Pequenas Empresas, responsáveis por quase 70% do saldo de empregos até novembro.