No município do Norte de Minas, 12 Mulheres estão participando do projeto, desenvolvido pela Sedese
A expansão do Trajeto Moda segue pelo estado, desta vez, no Norte de Minas. O lançamento em Francisco Sá foi na última quarta-feira, 26/4, no Salão Comunitário do Povoado de Camarinhas, onde 12 mulheres iniciaram as aulas. O projeto, iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), é realizado pela Subsecretaria de Trabalho e Emprego (Subte) e conta com parceria das prefeituras municipais, iniciativa privada, profissionais e acadêmicos do mercado da moda.
O Trajeto Moda tem como objetivo promover qualificação, inserção produtiva e empoderamento feminino, sua missão é a transformação pessoal de mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade social. O projeto foi idealizado em 2020, e iniciou os trabalhos em 2021, com um piloto em Belo Horizonte. A partir desta experiência, foi então planejada a proposta de expansão do Trajeto Moda para o interior do estado, contemplando 35 municípios que aderiram ao projeto.
O subsecretário de Trabalho e Emprego, Arthur Hélio Albergaria Campos, participou do evento de lançamento em Francisco Sá e destacou em sua fala a relevância do trabalho em conjunto. “Qualquer projeto depende de várias situações para ele acontecer, do interesse e envolvimento de vários atores. Por isso, gostaria de agradecer ao prefeito, que quis trazer o projeto para cá, agradecer também as Secretarias envolvidas, sem o empenho delas isso não seria possível. Além dos Cras, que executam importante trabalho com essas mulheres. É a ajuda e o trabalho de todos que impulsionam a construção desse projeto.”
Presente no evento, o prefeito de Francisco Sá, Mário Osvaldo Casasanta, ressaltou a importância de o Estado estar próximo dos municípios, com projetos voltados para as necessidades das comunidades, e que o Trajeto Moda é um exemplo dessa proximidade.
Trajeto Moda
O Trajeto Moda é executado em cinco etapas, com metodologia inédita no Brasil. O plano inclui: capacitações no ofício da costura, cidadania, inteligência emocional, empreendedorismo, produto, mercado físico e digital, liderança, cooperativismo e educação financeira. O projeto é para mulheres em situação de violência doméstica, mães solos ou que vivem em insegurança alimentar. Durante toda a execução do projeto, elas também recebem apoio psicológico.
A escolha por capacitações na indústria da moda se deve à importância que o negócio tem no desenvolvimento de Minas Gerais. Ela registra um papel social fundamental na geração de renda e auxilia diretamente no enfrentamento da pobreza no estado. Além de ser o 2º setor que mais emprega na indústria de transformação do Brasil, a indústria da moda também é o 2º maior gerador do primeiro emprego no país, de acordo com pesquisa encomendada pela Fiemg. Para a fase de implantação, a Sedese investiu, até o momento, cerca de R$ 2 milhões, direcionados à compra de 194 máquinas que vão auxiliar os municípios a montarem espaços colaborativos de costura e na contratação dos cursos técnicos de qualificação.