Relatório técnico reúne experiências de comunidades tradicionais para orientar novas políticas públicas em Minas

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), realizou, nos dias 7 e 8/11, em Caeté, Região Central, o 1º Encontro Mineiro de Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Populações Vulneráveis às Mudanças Climáticas.
O inciativa resultou na construção de um relatório técnico, que destaca as experiências e propostas apresentadas durante as seis sessões de Troca de Saberes e vai servir de base para orientar a formulação de políticas públicas de adaptação e resiliência climática no estado.
O encontro reuniu lideranças indígenas, quilombolas, povos tradicionais de Matriz Africana e representantes de comunidades tradicionais, grupos que há séculos desenvolvem práticas de preservação ambiental e o uso equilibrado dos recursos naturais, de forma que garanta o sustento das comunidades e a conservação da natureza ao mesmo tempo.
O documento final, assinado por cerca de 42 representantes, consolida as experiências e soluções apresentadas por esses grupos. A iniciativa da Sedese reforça o compromisso do Governo de Minas em valorizar o conhecimento ancestral.
Ricardo Alves, Secretário Adjunto da Sedese, ressaltou a importância de reconhecer o papel histórico dessas comunidades.
“Este encontro reforça que a pauta climática, junto à valorização dos povos originários e comunidades tradicionais, é uma agenda prioritária do Governo de Minas. É fundamental que ele sirva para registrar e integrar esses saberes ancestrais nas políticas públicas de enfrentamento às mudanças climáticas. Nosso objetivo é aprender com as comunidades para construir um desenvolvimento que seja, de fato, sustentável e inclusivo, cumprindo as metas do nosso Plano Estadual de Ações Climáticas.”, afirmou o secretário adjunto.
Ações para fortalecer a agenda climática de Minas
O relatório final do encontro reúne as principais contribuições dos participantes e apresenta oito diretrizes para orientar as políticas públicas do Estado frente às mudanças climáticas.
Aa ações foram propostas para garantir a proteção dos territórios das comunidades tradicionais, o reconhecimento dos saberes populares nas decisões sobre o meio ambiente, o apoio à agricultura tradicional e às práticas de cuidado com a saúde, além de mecanismos permanentes de participação social, para que essas populações possam ser ouvidas e ajudar a construir as soluções.
O documento reforça que uma governança climática participativa, com escuta, transparência e presença ativa das comunidades nos espaços de decisã, é essencial para o sucesso das ações de adaptação e para aumentar a capacidade de lidar e se recuperar dos impactos provocados pelas mudanças do clima.
Sustentabilidade e inclusão marcam ações do Governo de Minas
A iniciativa integra o Plano Estadual de Ação Climática de Minas Gerais (PLAC-MG), coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O plano reúne um conjunto de estratégias para tornar o estado mais preparado para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir gradualmente as emissões de gases poluentes, com a meta de atingir a neutralidade de carbono até 2050.
A ação reforça o compromisso do Governo de Minas em fortalecer políticas públicas inclusivas, sustentáveis e construídas de forma coletiva, com base na escuta que ajudam a proteger o meio ambiente e garantir um futuro mais justo e próspero para todas as gerações.