A cerimônia de abertura da etapa estadual dos Jogos Estudantis de Minas Gerais (JEMG) Paradesporto - reuniu dezenas de atletas, de 27 municípios, no Centro Poliesportivo Dom Bosco, em Belo Horizonte, nessa terça-feira (7). O ponto alto do evento foi quando o paratleta de Ipatinga, Pietro Pereira da Silva Cunha, de 12 anos, acendeu a pira paralímpica. O gesto marcou o retorno da competição após dois anos sem esportes presenciais, em decorrência do auge da pandemia do coronavírus.
Frederico Pessoa, superintendente de Programas Esportivos da Subsecretaria de Estado de Esportes/Sedese, ressaltou a importância desse momento e reconheceu que a grande adesão de municípios, atletas e paratletas surpreendeu positivamente.
"Estamos entusiasmados com esse retorno depois de dois anos. Presenciar a retomada do esporte olímpico e paralímpico em todo Estado é motivo de satisfação e emoção. Surpreendeu muito o número de atletas inscritos, ainda há muitas pessoas receosas por causa do vírus, mas tivemos mais de 770 municípios inscritos. Isso é uma prova da força dos Jogos Escolares e da vontade dos estudantes-atletas participarem da competição", ressaltou.
O coordenador-geral do JEMG, Rodrigo Tavares, também frisou a importância da retomada dos Jogos presenciais, ainda mais com o patamar que a competição paralímpica alcançou.
"Tentamos atividades online e tivemos uma adesão muito boa em 2020 e 2021. Para esse ano foi uma incógnita esse retorno, se teríamos participação por não ter a pandemia totalmente controlada, mas fomos surpreendidos com um número muito expressivo. Só para a etapa paralímpica que está sendo disputada aqui em Belo Horizonte, foram 221 atletas em modalidades como bocha, atletismo, tênis de mesa, parabadminton, natação e judô. Para o ano que vem vamos ministrar cursos e aumentar o leque de esportes, e esse número vai crescer ainda mais", garantiu.
Emoção e primeiras conquistas
Pietro Pereira, responsável por conduzir a tocha paralímpica e acender a pira, viveu ainda mais emoções nessa terça. O paratleta de Ipatinga, com apenas dois meses de prática no lançamento de pelota, ganhou a medalha de ouro e garantiu participação na etapa de Brasília das paralimpíadas.
"Muito legal. Comecei tem dois meses no lançamento de pelota, gosto de praticar esporte e fico feliz nas competições. Vou participar da fase regional em Brasília dos dias 8 a 13 de agosto. E ainda tenho a prova de arremesso de peso para me classificar”, destacou.
Quem também está de malas prontas para a capital federal é Edric Luiz. Logo no primeiro dia de disputas ele já conquistou o ouro no futebol de 7 e ainda compete no atletismo.
"Gostei muito de participar. Fiquei muito apreensivo nestes dois anos sem jogar bola ou fazer outro esporte, mas conseguimos, fiz treinamentos e me superei a cada dia. Foi difícil na pandemia ficar sem jogar, perdi força muscular, mas me recuperei e consegui a medalha de ouro no fut 7, foi emocionante para mim. Ainda vou competir no arremesso de disco e correr nos 400m, por isso acredito que vou participar da disputa em Brasília", celebrou.
Trabalho
Como a capacidade de superação dos paratletas é uma realidade, Frederico Pessoa enumera o trabalho desenvolvido pelo Estado no apoio à categoria.
"A Sedese, por meio da Subsecretaria de Esportes estão desenvolvendo políticas, não só com o JEMG, mas também com o Bolsa Atleta, o Núcleo de Fomento ao Paradesporto, o uso do ICMS esportivo que tem um coeficiente que valoriza projetos para pessoas com deficiência e isso vem realmente em virtude de todo esse sucesso que o esporte adaptado tem no Brasil. A cada ano que passa estamos fazendo nosso papel, que é o de valorizar o esporte adaptado em nosso Estado", completou.
O JEMG é promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Esportes (Subesp), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEE). A execução técnica é de responsabilidade da Federação de Esportes Estudantis de Minas Gerais (FEEMG).










