Programas inéditos e planejamento de longo prazo com fortalecimento dos municípios consolidam o direito à alimentação adequada no estado
Após Minas Gerais ter fortalecido a segurança alimentar e nutricional da população por meio de políticas públicas integradas, que articulam enfrentamento à fome, cuidado com a primeira infância e fortalecimento da agricultura familiar, em 2025, o Governo de Minas estruturou ações que reforçam o compromisso com a promoção do direito humano à alimentação adequada, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
Um dos principais destaques do ano foi o Programa Leite pela Primeira Infância. Em parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), o programa já representa um marco social para 18 mil famílias que têm acesso regular a esse alimento essencial para o crescimento saudável das crianças nos primeiros anos de vida. Com R$ 10 milhões investidos, mais de 740 mil litros de leite já foram distribuídos em 98 municípios.
A ação é voltada a crianças de 2 a 6 anos de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com atenção especial àquelas chefiadas por mulheres, especialmente mães solo, grupo mais exposto à insegurança alimentar no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela, destaca que a iniciativa valoriza o papel das mulheres no cuidado com as famílias:
“Ao apoiar as mulheres, especialmente as mães solo, o programa fortalece quem está na linha de frente do cuidado com as crianças. Garantir o acesso regular ao leite promove dignidade, segurança alimentar e melhores condições para o desenvolvimento infantil”, ressalta Alê Portela.
Além dos resultados já alcançados no Norte e Nordeste, o Governo de Minas trabalha para expandir o programa para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ampliando o cuidado com a primeira infância em contextos urbanos de maior densidade populacional.
Para a assessora-chefe de Segurança Alimentar da Sedese, Joana Brant, a iniciativa representa um compromisso concreto com o presente e o futuro das crianças mineiras.
“Cada entrega vai além da oferta de um alimento. Representa cuidado, proteção social, dignidade e um investimento direto na redução das desigualdades e na proteção integral da infância”, afirma Joana.
A diretora estadual de Políticas para Crianças e Adolescentes da Sedese, Eliane Quaresma, reforça que o programa se consolida como política pública de garantia de direitos. “Ao assegurar o acesso regular a um alimento essencial na primeira infância, o programa contribui para a redução das desigualdades e fortalece a capacidade das famílias de proteger, cuidar e promover o desenvolvimento das crianças”, destaca Eliane.
Fortalecimento da agricultura familiar
A execução do Programa Leite pela Primeira Infância pelo Idene também fortalece a agricultura familiar, ao garantir a compra regular do leite, promovendo renda no campo, permanência das famílias na atividade rural e desenvolvimento regional sustentável.
Para o diretor-geral do Idene, Henrique Carvalho, a iniciativa conecta políticas sociais e produtivas. “É uma política que atua em duas pontas: garante alimento para as crianças e renda para os agricultores familiares. Ao fortalecer a produção local, especialmente no Norte e Nordeste de Minas, o programa transforma a produção rural em uma política pública de cuidado, dignidade e inclusão social”, enfatiza Henrique.
Pioneirismo nacional
Outro avanço estratégico de 2025 foi o lançamento do VI Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (VI Plesans-MG), que consolida diretrizes, metas e responsabilidades para orientar a atuação integrada do Governo de Minas no enfrentamento à fome e na ampliação do acesso à alimentação adequada.
Com a nova edição, Minas Gerais se tornou o primeiro estado do país a alcançar a sexta versão do plano, evidenciando continuidade, maturidade institucional e compromisso com a agenda da segurança alimentar. O VI Plesans-MG também incorpora estratégias de sustentabilidade, incentivando sistemas alimentares mais resilientes.
O fortalecimento da governança marcou o ano. Com apoio da Sedese e da Caisans-MG, 87 novos municípios aderiram ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), elevando para 197 o número de cidades mineiras integradas ao sistema, ampliando a capacidade local de planejar e executar políticas de acesso a alimentos de qualidade.
Com programas inovadores, planejamento de longo prazo e articulação com municípios e produtores locais, Minas Gerais encerra 2025 com avanços consistentes na promoção do direito humano à alimentação adequada, reafirmando a segurança alimentar como prioridade do desenvolvimento social no estado.
Para a secretária Alê Portela, os resultados refletem um compromisso concreto com a vida das pessoas. “Em 2025, Minas mostrou que é possível cuidar de quem mais precisa com políticas estruturadas, olhando para as crianças, para as mulheres e para quem produz o alimento. Segurança alimentar é dignidade, saúde e futuro”, conclui Alê Portela.